As imagens e o monitoramento do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Niterói foram fundamentais para a prisão dos suspeitos de envolvimento no assassinato do policial civil Carlos José Queiroz Viana, ocorrido na manhã desta segunda-feira (6), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
Assim que o crime foi registrado, o Gabinete de Gestão Integrada de Niterói (GGIM) acionou o sistema do CISP, que passou a rastrear os veículos que poderiam estar relacionados à ação. As câmeras da rede de vigilância permitiram identificar e acompanhar o deslocamento do carro utilizado pelos criminosos, repassando as informações em tempo real à Polícia Civil e à Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Com base nos dados fornecidos pelo CISP, agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) localizaram o grupo em Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, poucas horas após o assassinato. Três suspeitos foram presos — dois deles, policiais militares. Eles estavam em um carro roubado, onde foram apreendidas armas compatíveis com o calibre usado no crime e fardas.
Outro veículo, um carro branco utilizado na fuga, já havia sido encontrado incendiado em Duque de Caxias, também com apoio das informações coletadas pelas câmeras do CISP.
O homicídio ocorreu por volta das 7h, na Rua Raul Corrêa de Araújo, em Piratininga, próximo à residência da vítima. Testemunhas relataram que o policial havia saído de casa para levar o lixo à coleta quando foi surpreendido pelos disparos. O agente era lotado na 29ª DP (Madureira). As circunstâncias do crime seguem sob investigação da Polícia Civil.
Equipes das polícias Militar e Civil isolaram a área para a realização da perícia. As investigações continuam para esclarecer a motivação do homicídio e identificar outros possíveis envolvidos.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, o número de agentes de segurança baleados na Região Metropolitana do Rio em 2025 chegou a 108, sendo 53 mortos e 55 feridos.
